Friday 9 November 2007

Sistemas de Informação Estratégicos - Um Novo Paradigma

Uma questão surgiu recentemente na minha mente: E se a Estratégia da organização suportasse os seus sistemas de informação e não o contrário?

Analisemos um pouco o que acontece hoje nas organizações: A informação flui, sobretudo, de baixo para cima, do operacional para o data warehouse. O gestor tem pouco controlo sobre a informação que está disponível para ser analisada, uma vez que este controlo é feito a nível operacional, o que levou à queda dos sistemas de apoio à decisão orientados por modelos. Os modelos eram óptimos, mas não existiam dados que os validassem.

Imaginemos agora uma mudança de paradigma na gestão das tecnologias de informação da empresa. Em vez de termos uma arquitectura de SI baseada nos sistemas operacionais, e termos sistemas departamentais e corporativos apoiados nestes sistemas, imaginemos, só por um momento, que temos o oposto, isto é, uma arquitectura criada e pensada em função da estratégia definida pelo topo da organização.

Esta arquitectura poderia ser criada através de uma hierarquia de objectivos em forma de árvore, aplicada aos Sistemas de Informação, através da definição da missão corporativa e da sua decomposição em objectivos estratégicos, que, por sua vez, se iriam decompor em objectivos táticos e operacionais, em termos de necessidades de informação a satisfazer.

Ao nível estratégico, seriam definidas as necessidades de informação estratégica a serem satisfeitas pelos sistemas de informação estratégicos, sem se ter em conta os níveis inferiores. À medida que desceríamos na pirâmide organizacional, consideraríamos as necesidades de informação para esse nível, e de que forma os sistemas a esse nível poderiam alimentar com dados os sistemas do nível acima, validando e dando significado aos modelos neles implementados.

Asim, os dados recolhidos no nível operacional, ou no nível mais baixo da organização, seriam aqueles (e só aqueles) relevantes para a estratégia da organização, e não toda uma míriade de dados e indicadores cuja análise é irrelevante para o negócio. Ao mesmo tempo, garantiríamos a existência de dados que validassem os modelos implementados nos sistemas de níveis superiores.

A Estratégia definiria e controlaria que dados são recolhidos no nível Operacional, e que informação está disponível para análise, e não o contrário. Haveria uma perfeita integração entre dados e modelos.

Será esta a tal Arquitectira Integrada de Sistemas de Informação?




OK, talvez este não seja um bom exemplo..... ;)

5 comments:

Jo�o Marques Guerreiro said...

Viva Filipe.
Muito bem visto. Conseguiste explicitar muito bem o teu ponto de vista que se cruza muito a minha visão sobre este assunto.
Um abraço,

João Guerreiro

Zézinha_Trig said...

Estou de acordo mas lembrate que uma hierarquia não distribuida também pode ser exponencial. A abordagem têm que ser top e botton numa evolução natural e progressiva.

Zézinha_Trig said...

Estou de acordo mas lembrate que uma hierarquia não distribuida também pode ser exponencial. A abordagem têm que ser top e botton numa evolução natural e progressiva.

Zézinha_Trig said...

Estou de acordo mas lembrate que uma hierarquia não distribuida também pode ser exponencial. A abordagem têm que ser top e botton numa evolução natural e progressiva.

Filipe Nunes said...

Claro, professora. Como disse num post anterior, há que manter o 'N' sob controlo!